sábado, 24 de outubro de 2009

De Havilland Mosquito


ARMAS 

De Havilland Mosquito
The Wooden Wonder

Conhecido pelo carinhoso apelido de Wooden Wonder (A Maravilha de Madeira) o Mosquito, por seu excepcional desempenho, talvez tenha sido a aeronave mais versátil da II Guerra Mundial. 
Foi projetado pela de Havilland, para ser um bombardeiro leve e veloz, de modo que pudesse escapar à maioria dos caças.
Cumpriu diversos papéis, incluindo os de caça, bombardeiro, caça-bombardeiro, caça noturno, torpedeiro naval, reconhecimento, lança-minas, Pathfinder (explorador e demarcador de alvos), aeronave de instrução bimotor e transporte de alta velocidade. Nenhum avião causou tanta frustração à Luftwaffe. Diz-se que Hermann Göering odiava os Mosquitos pela sua capacidade de sobrevoarem veloz e impunemente a Europa em guerra, tanto de dia como de noite, colocando em constante alerta as sirenes de ataque aéreo inimigas. Sua alta velocidade, combinada com baixa assinatura de radar (graças à utilização de madeira), o manteve praticamente indene, alcançando para si as menores perdas em combate dentre todos os bombardeiros britânicos.
O conceito inicial na de Havilland, era de um avião veloz e de linhas aerodinamicas limpas a fim de proporcionar baixo arrasto, utilizando como principal matéria prima em sua estrutura, placas de madeira compensada.  Foi inicialmente rejeitado pelo Ministério da Guerra Britânico, porém o Marechal do Ar, Sir Wilfrid Freeman, Chefe de Armamentos da RAF, deu seu apoio ao projeto e autorizou o primeiro contrato de pré-produção em 1940. Rapidamente foram construídos três protótipos, uma na versão bombardeiro, outra de caça noturno e outra de foto reconhecimento. Impulsionado por dois motores Rolls Royce Merlin, o projeto do Mosquito revelou-se facilmente adaptável para várias versões e missões diferentes.
A primeira sortida operacional do Mosquito ocorreu a 20 de setembro de 1941, quando um avião solitário realizou um vôo de reconhecimento sobre a França ocupada.
A “Maravilha de Madeira” teve seu batismo de fogo como caçador noturno em Maio de 1942, com o provável abate de um bombardeiro alemão sobre as Ilhas Britânicas. A versão de caça noturno registrou um total aproximado de 600 aviões inimigos abatidos e mais de 600 bombas voadoras V-1.
Serviu com distinção em vários teatros da Segunda Guerra. A Força Aérea do Exercito Americano (USAAF) também utilizou Mosquitos, em missões de foto reconhecimento, contra-medidas eletrônicas, lançamento de chaffs (tiras de papel revestidas com metal, para embaralhar  o sinal dos radares inimigos), missões de operações especiais e explorador para bombardeiros.
6.710 unidades, em vinte e sete versões diferentes do Mosquito foram produzidas durante a Segunda Guerra. Alguns foram fabricados, sob licença, no Canadá e na Austrália.
A aeronave ganhou fama por, dentre várias façanhas, ter participado de missões em que identificava e marcava o ponto de ataque contra alvos especiais alemães, o primeiro destes em 25 de setembro de 1942,  atingiu o quartel da Gestapo em Oslo, destruindo os arquivos sobre a resistência norueguesa. Nestas incursões, logrou provar o princípio básico de que, na guerra aérea, velocidade é vida. Mesmo um potente FW 190 alemão precisava “suar” para alcançar em vôo nivelado a um Mosquito!
Especificações  (de Havilland Mosquito Mk. XVI):

Tripulação:Piloto e bombardeiro/navegador
Comprimento........................3,57 m
Envergadura.......................16,52
Altura...................................5,30 m
Superfície Alar.....................42,18 m²
Peso vazio............................6,49 ton.
Peso Carregado....................10,21 ton.
Peso máximo de decolagem..11,35 ton.
Motores:..............................Dois Rolls-Royce Merlin 76/77 1.710 hp
Velocidade máxima..............688 km/h  (8.535 m)
Alcance.............................2.400 km (carregado)
Teto de serviço.................11.280 m
Armamento:
4 canhões de 20 milímetros Hispano Mk.II
4 metralhadoras Browning  7,7 milímetros
1.800 kg de bombas ou 8 foguetes de 60 libras (27 kg)

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