terça-feira, 15 de novembro de 2011

Soldados de Hitler Movidos a Drogas ?


  HISTÓRIAS
  Soldados de Hitler Movidos a Drogas ?

Soldados recebiam anfetaminas, cocaína e todo tipo estimulantes para incentivar "Atos de bravura acima do comum" em combates. Entre os efeitos colaterais, houve a perda dos padrões morais de comportamento e um aumento no número de soldados viciados.

Os nazistas pregavam a abstinência sob pretexto de promover a saúde nacional. Mas quando se tratou de travar a "blitzkrieg" (guerra relâmpago, estratégia criada pela Alemanha que consiste no uso simultâneo de blindados e aviões para neutralizar o inimigo antes que ele tenha tempo de opor uma frente sólida ao ataque) eles não tiveram escrúpulos ao dopar seus soldados com grandes quantidades de drogas e de álcool.
O “speed” (anfetaminas, ou seja, substâncias psicoestimulantes que dão a ilusão de  invencibilidade e eliminam a sensação de cansaço) era a preferência nacional em termos de drogas, mas muitos combatentes se tornaram dependentes da morfina e do álcool. 

Numa carta de 9 de novembro de 1939, aos seus "Caros pais e irmãos", enviada para a família em Colônia, Alemanha, um jovem soldado estacionado na Polônia ocupada escreveu: "As coisas não estão para a brincadeira, por aqui, e eu espero que vocês entendam se eu só conseguir lhes escrever uma vez a cada dois ou quatro dias. Hoje, eu estou lhes escrevendo principalmente para pedir-lhes para me enviar um pouco de Pervitin ...; Amo vocês, Hein".
O Pervitin, um estimulante mais conhecido na atualidade como speed, era a droga-milagre do Exército alemão, a Wehrmacht.

Em 20 de maio de 1940, o mesmo soldado, aos 22 anos de idade, escreve mais uma carta para a sua família: "Será que vocês poderiam conseguir para mim uma quantidade maior de Pervitin, para que eu possa manter uma reserva aqui?".

Então, numa carta postada em Bromberg em 19 de julho de 1940, ele insiste: "Sem querer lhes pedir o impossível, por favor, me enviem mais Pervitin".

O homem que escreveu essas cartas tornou-se anos mais tarde, um escritor famoso em seu país. Era Heinrich Böll, que, em 1972, foi o primeiro alemão a receber o Prêmio Nobel de Literatura no período do pós-guerra.
Muitos soldados da Wehrmacht estavam cheios de Pervitin quando entraram em combate, em particular contra a Polônia e a França. Uma blitzkrieg movida a speed.

O exército alemão foi abastecido com milhões de comprimidos de metanfetaminas (cujos efeitos são parecidos com os da cocaína) durante o primeiro semestre de 1940.

As drogas faziam parte de um plano cujo objetivo era fornecer aos pilotos, marinheiros e soldados alemães um meio de se tornarem super-homens, capazes de realizar feitos sobrenaturais em combate.

Criaram-se produtos com os sugestivos nomes “Panzerschokolade" para os tripulantes de blindados e “Stuka-Tabletten” ou “Fliegersalz” para pilotos de aviões.
Os oficiais dos altos escalões do Exército distribuíam generosa e liberalmente tais estimulantes, assim como bebidas alcoólicas e entorpecentes, pela simples razão que eles acreditavam que drogar e intoxicar suas tropas ajudaria a conquistar a vitória sobre os Aliados. 

Mas os nazistas se mostraram extremamente displicentes em relação à necessidade de monitorar os efeitos colaterais deste consumo, tais como a dependência das drogas e um declínio dos padrões morais de comportamento.

Após ter sido lançado no mercado pela primeira vez em 1938, o Pervitin, uma metanfetamina desenvolvida pela companhia farmacêutica Temmler, baseada em Berlim, tornou-se rapidamente um campeão de vendas em meio à população civil alemã.
Segundo uma reportagem publicada na revista "Klinische Wochenschrift" (Clínico Semanal), a droga supostamente milagrosa foi submetida às avaliações e diligências de Otto Ranke, médico do Exército e Diretor do Instituto de Fisiologia Geral e de Defesa, na Academia de Medicina do Exército em Berlim. 

Os efeitos das anfetaminas são similares àqueles da epinefrina endógena (adrenalina produzida pelo próprio corpo). Elas despertam sensações de aumento de energia e atenção. Na maior parte das pessoas esta substância aumenta a confiança em si mesmo, a concentração e a predisposição a assumir riscos e ao mesmo tempo ela reduz a sensibilidade à dor, à fome e à sede, alem de reduzir a necessidade de dormir.
Em setembro de 1939, Ranke testou a droga em 90 estudantes universitários, e concluiu que o Pervitin poderia ajudar a Wehrmacht a ganhar a guerra.

No início, o Pervitin foi testado em motoristas do exército que participaram da invasão da Polônia.

A partir de então, segundo relato do criminologista Wolf Kemper, ele passou a ser "distribuído sem qualquer escrúpulo para as tropas em combate".
35 milhões de comprimidos

Durante o curto período compreendido entre Abril e Julho de 1940, mais de 35 milhões de comprimidos de Pervitin e de Isophan (uma versão modificada produzida pela companhia farmacêutica Knoll) foram fornecidos ao Exército e Força Aérea da Alemanha.

Parte dos comprimidos, cada um com três miligramas de substância ativa, foi despachada para as divisões médicas da Wehrmacht sob o codinome OBM, sendo então distribuída diretamente aos soldados. 

Era possível até mesmo fazer pedidos de emergência por telefone, no caso de uma remessa que precisasse de urgência. As embalagens tinham impresso no rótulo a palavra “Estimulante”, e instruções para “tomar uma dose de um a dois comprimidos somente se necessário, para permanecer acordado".

Mesmo naquela época, os médicos se preocupavam com o fato de que a fase de recuperação após o consumo da droga se tornava cada vez mais longa à medida em que ela era consumida, e que os seus efeitos reduziam-se gradativamente entre usuários mais freqüentes.

Em casos isolados, alguns usuários sofriam de problemas de saúde, como excesso de transpiração e desordens circulatórias, ocorrendo ainda vários casos de morte. 

Leonardo Conti, ministro da saúde do Terceiro Reich e seguidor da crença no asceticismo de Adolf Hitler, tentou restringir o uso de metanfetaminas, mas obteve sucesso parcial, ao menos no que dizia respeito à Wehrmacht.
Apesar do Pervitin ter sido classificado como substância de uso restrito em 1º de julho de 1941 pela Lei do Ópio, dez milhões de comprimidos foram enviados para o front naquele mesmo ano.

O Pervitin era considerado, de forma geral, um remédio de eficiência comprovada, próprio para ser utilizado por soldados quando estes se encontrassem em situações que os submetessem a estados de tensão extrema.

Um memorando foi dirigido a Oficiais médicos da Kriengsmarine com as seguintes considerações:

"Cada Oficial médico precisa ter ciência de que o Pervitin é um estimulante muito diferenciado e poderoso, uma ferramenta que lhe possibilitará a qualquer momento, auxiliar ativa e efetivamente, dentro da sua esfera de influência, certos indivíduos a executarem funções com uma eficiência acima da média."

O estado de espírito deles melhorou de repente

Os efeitos do Pervitin eram sedutores. Em Janeiro de 1942, um grupo de 500 soldados alemães no Front Leste, cercado pelo Exército Vermelho, tentava desesperadamente escapar. A temperatura era de 30 graus negativos. 

O médico desta unidade escreveu no seu relatório que, por volta de meia-noite, quando eles estavam fugindo já há seis horas, movendo-se na neve, que em certos lugares chegava até a cintura. "Em número cada vez maior, os soldados estavam tão esgotados que simplesmente começaram a se deitar sobre a neve". Os oficiais que comandavam o grupo decidiram dar Pervitin aos homens. 

"Meia-hora mais tarde", prossegue o médico em seu relatório, "os homens se animaram espontaneamente; eles diziam se sentir melhor e retomaram a marcha de maneira ordenada, seu estado de espírito havia melhorado e eles ficaram mais alertas".

Foram necessários quase seis meses para este relatório finalmente chegar até os responsáveis pelo Comando Médico Superior do Exército.

Entretanto, a reação foi simplesmente divulgar novas indicações e instruções para os usuários de Pervitin, inclusive informações sobre riscos, as quais não apresentavam praticamente nenhuma diferença em relação às instruções anteriores.

Os "Procedimentos para Detectar e Combater o Cansaço", detalhados numa circular emitida em 18 de junho de 1942, eram exatamente os mesmos de sempre: "Dois comprimidos ingeridos de uma vez eliminam a necessidade de dormir, por um período de três a oito horas, enquanto duas doses de dois comprimidos cada são normalmente eficazes por até 24 horas".

Próximo ao final da guerra, os nazistas estavam trabalhando em outra pílula milagrosa para as suas tropas.

No porto de Kiel, norte da Alemanha, em 16 de março de 1944, o então vice-almirante Hellmuth Heye, que mais tarde se tornaria membro do Parlamento alemão pelo Partido Democrata-Cristão e presidente do Comitê de Defesa, requisitou um remédio "que permitisse manter os soldados dispostos para o combate quando a situação exigisse que eles continuassem a lutar além do período de tempo considerado normal, e que ao mesmo tempo estimulasse sua auto-confiança".
Pouco tempo depois, um farmacologista de Kiel, Gerhard Orzechowski, apresentou a Heye uma pílula chamada D-IX, que possuía cinco miligramas de cocaína, três miligramas de Pervitin e cinco miligramas de Eukodal (um analgésico derivado da morfina).
Hoje em dia, um traficante de drogas flagrado com uma droga tão potente certamente acabará atrás das grades. Naqueles tempos, porém, a droga foi testada em tripulantes que operavam os submarinos de bolso da Kriegsmarine, como o Seehund (Lobo do Mar) e o Biber (Castor).
Seehund
Biber
Consumo de álcool também era incentivado

O álcool, a droga do povo, também era muito popular na Wehrmacht.
Num relatório sobre o álcool, Walter Kittel, General membro do Corpo médico, escreveu que "ninguém, a não ser um fanático, se recusaria a dar a um soldado algo que pudesse ajudá-lo a relaxar e a ter prazer com a vida depois de ter encarado os horrores da guerra, ou o repreenderia por estar curtindo um ou dois drinques amigáveis com seus camaradas". 

Oficiais chegavam a distribuir álcool para as suas tropas como forma de recompensa, enquanto o schnapps (uma aguardente muito popular na Alemanha) era vendido em armazéns do Exército, uma prática com um efeito colateral muito oportuno, pois dessa forma, boa parte do soldo das tropas acabava voltando para o próprio exército.
"O comando da Wehrmacht fazia vista grossa para o consumo de álcool, enquanto este não provocasse cenas de embriaguez públicas por membros do seu contingente", explica o historiador Peter Steinkamp, de Freiburg, especialista no consumo de produtos narcotizantes que imperava na exército do Terceiro Reich.
Em julho de 1940, pouco depois da capitulação da França, Hitler emitiu um comunicado: "Eu espero que membros da Wehrmacht que se deixem levar pela tentação de cometerem atos criminosos por causa do consumo abusivo de álcool sejam punidos com rigor". Os mais sérios contraventores estariam até mesmo  sujeitos a "uma morte humilhante".
Assim mesmo, as tentações da bebida eram aparentemente mais poderosas que as ameaças do Fuehrer. Foi preciso esperar mais um ano ainda até que o Comandante-em-Chefe do Exército Alemão, o General Walther von Brauchitsch, chegasse à conclusão de que suas tropas estavam cometendo "As mais graves e sérias infrações nos campos da moralidade e da disciplina”, e que o grande culpado era "o consumo excessivo de álcool".
Entre os efeitos adversos do alcoolismo, o general enumerava brigas (entre os próprios soldados), acidentes, maus-tratos infligidos a subordinados, atos violentos contra oficiais superiores e "crimes envolvendo atos sexuais não-naturais".

O general se convencera de que o álcool estava colocando em risco a "disciplina dentro do Exército".
Segundo uma estatística interna, realizada pelo Chefe do Corpo Médico do Exército, pelo menos 705 casos de morte que ocorreram entre Setembro de 1939 e Abril de 1944, tiveram vínculo direto com o consumo excessivo de álcool.

Na realidade, este número, apresentado por uma pesquisa não-oficial, deve ter sido bem maior, pois não levou em conta acidentes de trânsito, nem acidentes envolvendo armas ou suicídios, os quais eram geralmente provocados pelo uso de álcool.

Os Oficiais médicos foram orientados a admitirem alcoólatras e viciados em drogas nas suas clínicas para tratamento. Segundo uma ordem emitida pelo serviço médico, esta solução apresentava "a vantagem de poder ser prorrogada indefinidamente".

Uma vez internados nessas clínicas, os viciados passavam por uma avaliação conduzida de acordo com as disposições da "Lei de Prevenção da Procriação com Doenças Hereditárias" e podiam até mesmo ser submetidos à esterilização forçada e à eutanásia.

A execução de um contrabandista

O número de casos em que soldados ficaram cegos ou até mesmo morreram pelo consumo de álcool metílico começou a aumentar. De 1939 em diante, o Instituto de Medicina Forense da Universidade de Berlim relacionou constantemente o álcool metílico como o principal fator de casos de morte que resultaram da ingestão de venenos por inadvertência.

A execução de um Tenente alemão de 36 anos, na Noruega, no outono de 1942, teve por objetivo de servir de exemplo. O Oficial havia vendido cinco litros de álcool metílico (o qual, segundo ele garantia, tinha um teor alcoólico de 98% e se destinava a produção de licores) para soldados de um Regimento Anti-Tanque.

Vários homens ficaram doentes, dois morreram. O homem, acusado oficialmente  como "inimigo do povo", foi executado por um pelotão de fuzilamento.
Cartaz: Quem segue Hitler não ingere álcool e nem fuma
Segundo a ordem do dia emitida em 2 de Outubro de 1942, "a punição será anunciada para as tropas e as unidades auxiliares, e será utilizada como ferramenta para insistentes e reiteradas advertências".

Mas os soldados buscavam qualquer coisa que pudesse ajudá-los a escaparem dos horrores da guerra. 

Apesar do conhecimento geral dos riscos que representava, a dependência por morfina ampliou-se assustadoramente entre feridos e pessoal médico no transcurso da guerra. Em 1945, o número de médicos do Exército viciados em morfina era pelo menos quatro vezes maior do que no começo da guerra.
Médicos alemães experimentaram drogas em si mesmos

Franz Wertheim, oficial médico enviado a uma pequena aldeia na Palestina, próxima ao Muro das Lamentações, escreveu o seguinte relato em Maio de 1940:

"Para ajudar o tempo a passar, nós médicos experimentávamos substâncias em nós mesmos. Começávamos o dia bebendo um copo grande cheio até a borda de conhaque e tomando duas injeções de morfina. Nós achávamos que a cocaína era ótima se consumida ao meio-dia e na parte da tarde nós tomávamos ocasionalmente doses de Hyoskin" (alcalóide, derivado de beladona, normalmente utilizado como medicamento). 

Wertheim acrescenta: "O resultado disso é que nós nem sempre estávamos plenamente senhores de nossos próprios sentidos".

Para prevenir uma "Epidemia de Morfinismo”, tal como a que ocorreu depois da Primeira Guerra Mundial, o professor Otto Wuth, Oficial Médico Sênior e Consultor em Psiquiatria no Alto-Comando Médico do Exército, escreveu a "Proposta para Combater o Vício em Morfina” em fevereiro de 1941. 
Wuth propunha que todos feridos que se tornassem viciados pelo tratamento que havia sido ministrado deveriam ser recenseados de maneira centralizada e se apresentarem perante o Conselho Médico Distrital, onde seriam abastecidos legalmente com morfina, ou passariam por exames de rotina antes de serem enviados para tratamento em centros de reabilitação de drogados.

"Desta maneira", concluía Wuth, "dependentes de morfina poderão ser registrados e monitorados, e impediremos os indivíduos deste grupo de se tornarem criminosos".

As lideranças nazistas mostraram-se mais clementes com quem havia se tornado dependente de drogas em conseqüência da guerra do que com os alcoólatras, possivelmente porque a Wehrmacht tinha ciência de que poderia ser processada por perdas e danos, uma vez que ela era a principal responsável por esta situação, por haver deliberadamente distribuído drogas aos seus soldados.
Os nazistas, porém, estavam longe de serem os primeiros soldados a ingerir estimulantes químicos para ajudá-los durante a batalha.

Escritos chineses de 5.000 anos atrás descrevem como tomar efedrina fez "guerreiros destemidos em combate".

Os “Assassinos”, uma ordem de guerreiros medievais que eram o terror dos cruzados, foram chamados de Hashishin por causa de sua predileção por fumar haxixe antes dos combates.
Os 20.000 guerreiros Zulu, que quase eliminaram as forças do exército britânico na África do Sul em Janeiro de 1879 foram ajudados por um produto à base de maconha para ser usado durante as batalhas.

A análise desse produto revelou que ele continha níveis extremamente altos de THC, um forte alucinógeno, mas sem níveis detectáveis dos produtos químicos que causam o efeito sedativo de maconha.
A Alemanha já havia feito antes da 1ª e 2ª Guerras a perigosa combinação de batalhas e drogas. Depois que seus soldados e oficiais retornaram da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), vários haviam desenvolvido uma forte dependência de morfina.

O Exército Colonial Francês utilizava drogas psicotrópicas em seus soldados também.  Em certa ocasião usaram extrato de cola para fazer “biscoitos revigorantes” destinado aos militares. Como resultado, um batalhão de soldados coloniais franceses poderia facilmente marchar cerca de 55 quilômetros sob o escaldante sol Africano.
Mais tarde, o extrato seria usado na produção de chocolates - e ainda é usado nas rações de vários exércitos do mundo.

Muitos soldados também se tornaram viciados em morfina na Primeira Guerra Mundial, em uma vã tentativa de aliviar os horrores da vida nas trincheiras.
E na Segunda Guerra Mundial os nazistas não estavam sozinhos ao buscar aumentar a coragem com produtos farmacêuticos.

É fato amplamente conhecido que já durante a Batalha da Inglaterra, os extenuados e tão severamente exigidos pilotos da RAF tomavam estimulantes para manterem-se acordados e combaterem a poderosa inimiga Luftwaffe.
A Grã-Bretanha adquiriu 24 mil cápsulas de Provigil - um psicoestimulante conhecido por sua reputação em produzir efeitos contraditórios.

Os ingleses acreditavam que a droga poderia ser útil para manter pilotos e soldados de unidades especiais, como os comandos, acordados e alertas em operações longas de mais de 48 horas de duração.

Os norte-americanos também realizaram pesquisas sobre os efeitos da anfetamina. De início houve ceticismo sobre se ela teria alguma vantagem sobre a cafeína, mas ocorreu o mesmo que os alemães e britânicos haviam experimentado: não esperaram pelos resultados da pesquisa, e o uso de pílulas de anfetamina foi se popularizando.
Em Fevereiro de 1943, o Serviço de Abastecimento do Exército anunciou que comprimidos de 5 miligramas de Benzedrina estavam disponíveis. Eisenhower logo encomendou meio milhão de comprimidos para as tropas na África do Norte. A Benzedrina também foi usada durante a guerra pela aviação do Exército e dos Fuzileiros Navais.
Vodka sempre foi o principal estimulante e anti-estresse no Exército russo.  E foi amplamente utilizada durante a Segunda Guerra Mundial para superar os choques de dor e levantar o moral dos soldados.
Soldados também misturavam álcool com cocaína durante a Segunda Guerra - bebida conhecida como “Coquetel de Trincheira”  e que também era usada em cirurgias como anestésico.

O conceito sobre as anfetaminas permaneceu relativamente inalterado nas forças armadas dos EUA durante as primeiras décadas após a Segunda Guerra Mundial. Desde então, o uso legal tornou-se significativamente mais restrito, mas eles ainda admitem usam a anfetamina baseado em “pílulas para acordar” - sob rigorosa supervisão médica - nas forças armadas dos EUA, como em longos vôos transatlânticos, por exemplo.

Vários exércitos do mundo ainda estão usando drogas psicotrópicas no intuito de transformarem seus soldados em máquinas sem medo.

Existem informações dando conta de que militares dos EUA teriam ingerido pílulas para combater o medo do inimigo durante ações militares no Iraque.

Os medicamentos baseados em efedrina, reduzem reações dor e estresse, embora também tenham um perigoso efeito colateral - ataques repentinos de raiva e sadismo.

E os resultados realmente têm sido imprevisíveis. Dois pilotos de F-16 bombardearam uma coluna de militares canadenses por engano em Abril de 2002, em Kandahar.

Posteriormente, foi determinado que os dois militares estavam sob a influência de estimulantes com anfetaminas, que haviam ingerido antes da missão.

Vídeo: Insones em Guerra - A Arma Farmacêutica

Fontes
www.geografiaparatodos.com.br
www.spiegel.de
www.dailymail.co.uk
www.adelaidenow.com.au
www.bbc.co.uk
www.dererstezug.com
www.zweiterweltkrieg.org
www.uboat.net
http://fr.wikipedia.org/wiki/Pervitin
http://riseofevil.rxfly.net

13 comentários:

  1. Gostei... Muito bom!!!

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  2. Que esplêndida matéria!
    Meus parabéns!
    Um brinde! Hail

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  3. Sou um ser faminto sobre todo o tipo de informaçao, do maior evento ja ocorrido na historia da humanidade, a 2 grande guerra, e amigo parabens pelo blog, essa reportagem deve ter sido a melhor que ja li, sobre soldados e a necessidade de todo ser humano em consumir os mais variados tipos de drogas. parabens, virei fa do blog. heil.

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  4. muito boa reportagem.
    consegui ver que conforme as suas experiências, só mesmo se dopando pra aguentar certo tipos de acontecimentos...
    mesmo sabendo que tudo tem um preço!!!

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  5. Fantástico esta abertura de arquivo que a maioria dos historiadores não traz. Sou apaixonado pelo povo e pelo país Alemanha. Certamente o mais educado,acolhedor e hospitaleiro de que todos os que ele invadiu sob o domínio do louco nazista. Agora entendo a tansformação em monstros daquela época. Certamente que as drogas tiveram participação nisto. Como hoje continua a fazer loucos com potenciais mais maléficos ainda .

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  6. Já na primeira guerra mundial tanto os alemães como os franceses usaram drogas, cocaína. Na II guerra usaram alemães, ingleses e americanos.

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  7. Veja bem !!! eu tenho 60 anos. Quando criança tinha conhecidos que lutaram na Revolução Paulista de 1932. Vários me contaram que bebiam um certo chá que os tornavam em gigantes diante do inimigo, mas não sabiam do que era feito tal chá.

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