HISTÓRIAS
Morre o Nazista Klaas Carel Faber
"Nazi Klaas Carel Faber dies"
BERLIM – Morreu na quinta feira passada (24 de Maio de 2012) Klaas Carel Faber, um holandês que fugiu para a Alemanha após ser condenado na Holanda por vários crimes de guerra nazistas e que vivia em liberdade, apesar de inúmeras tentativas para tentar extraditá-lo. Ele estava com 90 anos.
A mulher de Faber, Jacoba, disse ao site de notícias holandês “de Nieuwe Pers” que ele morreu em um hospital na quinta-feira. Um funcionário do hospital em Ingolstadt, cidade da Baviera onde os Fabers viviam, confirmou a morte.
Faber, classificado pelo Centro Simon Wiesenthal como o 3 º na lista dos mais procurados criminosos nazistas, foi condenado à morte em Leeuwarden (norte da Holanda) em 1947 pela execução de 22 judeus e por colaborar com a ocupação nazista da Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, mas a pena foi comutada por prisão perpétua
Entretanto em 1952, ele escapou da prisão de Breda, oeste de Holanda e fugiu para a Alemanha, onde vivia em liberdade.
Faber se salvou graças a sua cidadania alemã. Autoridades alemãs rejeitaram um pedido da Holanda no ano passado para a sua extradição, tentando aplicar um mandado de detenção europeu.
Em janeiro, o promotor Walter Helmut apresentou um requerimento para que Faber cumprisse sua pena em uma prisão alemã.
Ele disse que um tribunal Estadual em Ingolstadt não teria necessidade de reconsiderar a condenação do processo holandês, mas decidir se acataria o mandado de detenção europeu e decidir se a sentença contra ele poderia ser cumprida na Alemanha.
Faber nasceu na Holanda em 20 de janeiro de 1922.
Promotores holandeses disseram que ele foi condenado por assassinatos em três diferentes locais da Holanda entre 1944 e 1945, incluindo seis no campo de trânsito de Westerbork, para onde foram enviados milhares de judeus holandeses, incluindo Anne Frank , que ficaram internado lá antes de serem enviados para campos de trabalho ou campos de extermínio no leste europeu.
Segundo o Centro Wiesenthal, Faber serviu como voluntário na SS, uma organização paramilitar leal a ideologia nazista, depois que a Alemanha invadiu a Holanda durante a Segunda Guerra Mundial.
Ele também trabalhou para o Sicherheitsdienst, uma agência de inteligência nazista interna, e uma unidade SS de codinome Silbertanne (abeto), formada por 15 homens, a maioria deles holandeses, à qual foram atribuídas represálias por ataques da resistência holandesa a colaboracionistas.
A uma das unidades em que serviu, o Feldmeijer-Kommando também é atribuída a morte de 50 civis holandeses por sua posição "anti-alemã".
Ele também trabalhou com seu pai, Pieter Faber, um colaborador da ocupação nazista da Holanda, que foi executado em 1948 por crimes de guerra.
A. autoridades holandesas solicitaram sua extradição pela primeira vez em 1954, porém Faber havia obtido cidadania alemã em razão dos serviço prestados para a Alemanha durante a guerra e assim o pedido foi rejeitado porque a Alemanha Ocidental se recusava a extraditar seus próprios cidadãos.
Em 1957 um tribunal em Dusseldorf rejeitou as tentativas para trazê-lo a julgamento na Alemanha, dizendo que não havia provas suficientes contra ele.
Após o fracasso, em 2004, de um pedido holandês para que fosse preso na Alemanha, os promotores de Munique receberam em 2006 novas provas da Holanda e consideraram a reabertura do processo, mas os promotores consideraram que ex-SS pode ter sido responsável pelas mortes (homicídio culposo), mas não poderia ser acusado de homicídio doloso e que a pena do crime em si já havia prescrito.
Em 2010, a Holanda pediu novamente a sua extradição, usando um novo mandado de detenção europeu.
Ele foi novamente rejeitado, pelo entendimento de que ainda seria necessário a extraditá-lo, pois o réu era um cidadão alemão.
Fontes
www.couriermail.com.au
www.volkskrant.nl
www.ultimahora.com
www.usatoday.com
http://actualidad.rt.com
www.volkskrant.nl
www.ultimahora.com
www.usatoday.com
http://actualidad.rt.com